Transbordando Amor
Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver AMOR, de nada valeria. É o amor quem dá sentido a nossa história e razão à nossa existência, por mais dolorida que ela seja.
Sem amor não somos capazes de perdoar quem nos ofendeu e enxergar uma via de felicidade no meio do caos. Sempre vêm os questionamentos: Como amar aqueles que machucaram nossa ingenuidade e criaram feridas profundas na nossa sexualidade? Devo amar quem passou a vida inteira me odiando, plantando em mim raízes de ódio? Se Deus é amor, por que Ele permite tais flagelos à vida humana? De onde vem o amor?
Seria bom se tivéssemos resposta para tudo. Com certeza nossa vida haveria de ser menos conflituosa. Mas, uma coisa é certa: todo aquele que tem uma experiência com o amor de Deus sabe amar, transborda amor. Vê através do amor um sentido novo para sua caminhada e, principalmente, uma RECONCILIAÇÃO COM O PRÓPRIO PASSADO.
A carioca Francis Simas entende muito bem isso que mencionei acima. A vida dela é uma explicação concreta sobre o amor, aquele amor inabalável, capaz de transformar toda dor em rios de inexplicável alegria.
Francis Simas, uma mulher reconciliada com a própria história. Hoje ela transborda AMOR
Na infância, Francis ficava aos cuidados da avó materna para sua mãe trabalhar. Porém, a avó da criança a odiava e dizia que ela deveria ter sido abortada. Todos os dias, era insultada verbalmente pela senhora que deveria lhe passar afeto. Francis era uma menina rejeitada pela avó e, de certa forma, pela própria família. Seus pais se separaram muito cedo. O pai foi ausente, e a mãe, que também foi criada sem pai, dificilmente tinha tempo para a filha. Francis não tinha uma figura paterna ao seu lado.
Criança é um ser puro e ingenuo, que ainda não possui inteligência emocional. As frases proferidas pela avó de Francis ficaram arquivadas no inconsciente da garota, o que lhe trouxo danos psicológicos irreparáveis.
Nos fins de semana, a avó de Francis a levava para casa do tio-avô, que começou a abusar da criança. Ela não entendia absolutamente nada. E, como na casa da avó ela sempre era culpada por tudo, resolveu ficar quieta e não contar nada a ninguém com medo de a culparem pelo ocorrido. Francis fez várias tentativas de suicídio, porque se sentia um ser inútil e incapaz de aprender o que estudava. Ficou sem ânimo de viver. Depois do tio-avó, a menina foi abusada por um primo.
A linda criança loira de olhos verdes cresceu achando que homem não prestava, por ter sido gravemente ferida na sua essência. Não sentia amor, achava absolutamente normal algum homem tocar no seu corpo sem permissão. Sexo se tornou uma coisa banal. Qualquer um que chegasse perto ganhava, porque a pureza do ato sexual havia sido ferida muito cedo em sua vida. Mesmo assim, Francis não teve medo de se relacionar com homens. Apesar de tudo, namorou normalmente durante a adolescência.
Quando completou 18 anos, engravidou de um rapaz que ela não gostava. Ao dar à luz, foi a primeira experiência que ela teve com o amor, o amor incondicional. De mãe e filho que, até então, ela nunca tinha experimentado entre mãe e filha. Foi morar com o pai do garoto, mas não deu certo a convivência entre ambos, porque Francis vivia em conflitos. Repetia no relacionamento tudo que viu e viveu na infância, sem ter consciência do que estava fazendo.
Trocava de relacionamento a cada 2 anos. Nenhum dava certo, porque ela caçava briga, humilhava e gritava com todos eles. A não reconciliação com o próprio passado e a situação não resolvida dentro de si mesma impedia que a relação com o companheiro desse certo. Tinha trauma de homens mais velhos, pelo que aconteceu na infância. Preferia namorar rapazes mais jovens por conta disso. Sentia prazer em ferir os homens, queria vê-los sofrendo, tais atitudes eram frutos das feridas não cicatrizadas.
Até hoje, Francis tenta equilibrar cada tijolo na construção de sua vida em todos os aspectos. Comenta que não sente falta do sexo como uma necessidade fisiológica. Sente-se um pouco melhor, mas não completamente curada após 10 anos de terapia aos poucos a evolução vai acontecendo.
O divisor de águas na vida de Francis Simas surgiu no início deste ano. Ao participar de um curso de inteligência emocional, nasceu uma nova mulher, capaz de reescrever uma nova história, com capítulos repletos de amor, gratidão, reconhecimento a bondade de Deus, que nunca o abandou. Mesmo quando seu pai biológico foi embora, Deus era o pai que estava presente, mas, ela não O via.
Francis Simas uma mulher FELIZ
A partir dali, Francis teve um novo olhar sobre sua vida, passou a compreender os fatos que lhe aconteceram e a perdoar a todos que a machucaram, inclusive sua avó, de quem ela tinha muita magoa, o tio e o primo que abusaram dela, o pai voltou e ela passou a cuidar dele. A RECONCILIAÇÃO ACONTECEU PRINCIPALMENTE DENTRO DE SI MESMA. Francis se encontrou nas profundezas do seu SER. Tudo passou a fazer sentido, as coisas se encaixaram. SUPEROU A FALTA DE AMOR..
Atualmente, é mãe de 3 filhos, que são a alegria de sua vida. É Coach para ajudar as pessoas, inclusive, as mulheres. Dona de uma fé inabalável, acredita que tudo em sua vida foi propósito de Deus, para poder ajudar as pessoas com sua experiência de vida. Ama a família, alicerce divino onde nasce o amor. Pretende ter uma instituição de caridade e auxiliar os filhos na criação dos netos. É UMA MULHER FELIZ, REALIZADA.
Francis e seus filhos, Alef, Arthur e Giovana
Onde foram parar os maus tratos da vida desta mulher? Eles não existem mais. Todas as coisas são renovadas onde o AMOR habita, ele faz uma pessoa ressurgir das cinzas, para viver dias intensos de AMOR. A capacidade de AMAR é a maior virtude do ser humano, e todo aquele que ama conhece a Deus, porque Deus é AMOR.
Francis Simas: uma VIDA marcada pela SUPERAÇÃO